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Sangue no sêmen: quando se preocupar e o que pode significar?

Sangue no sêmen: quando se preocupar e o que pode significar?

A presença de sangue no sêmen — condição definida como hemospermia ou hematospermia — não precisa ser motivo de pânico. Na maioria das vezes, trata-se de uma ocorrência benigna, sem relação com problemas de saúde graves. Mas, se o sintoma não desaparecer em alguns dias, deve-se procurar um urologista.

Neste artigo, mostramos quais são suas possíveis causas e como lidar com o quadro (tanto agudo como crônico). Se você já passou por esse tipo de ocorrência, vale a pena conferir!

Quais são as possíveis causas do sangue no sêmen?

Por mais angustiante e assustadora que a presença de sangue no sêmen pareça, geralmente, não se trata de algo grave. Para compreendê-la, é preciso saber que o sêmen é composto pelo esperma (proveniente do epidídimo) e por líquidos (provenientes das vesículas seminais, próstata e pequenas glândulas mucosas) que nutrem os espermatozoides.

Sendo assim, há grandes chances de o sangramento ser decorrente de uma lesão em alguma dessas estruturas. A boa notícia é que, na maioria das vezes, o sintoma desaparece sozinho, dentro de alguns dias ou semanas.

Sangue no sêmen: causas mais comuns

Sabe-se que a principal causa para a hemospermia é a realização de uma biópsia da próstata. Nesse caso, o sintoma pode permanecer por algumas semanas, diminuindo pouco a pouco, até sumir completamente.

Outra causa frequente é o surgimento após a vasectomia (procedimento de esterilização masculina). Nesse caso, o sangramento costuma durar até 15 dias, desaparecendo em seguida.

Sangue no sêmen: causas menos comuns

As causas menos comuns incluem diversos problemas na próstata, tanto benignos como, em casos raros, malignos. São eles:

  • hiperplasia prostática benigna (HPB);
  • infecções, como prostatite, uretrite ou epididimite;
  • tumores de vesícula seminal e testículos;
  • câncer de próstata (em homens jovens, com menos de 40 anos).

Ocasionalmente, a presença de um hemangioma (crescimento anormal de vasos sanguíneos), na uretra ou nos dutos espermáticos, também pode provocar o aparecimento de sangue no sêmen. Outra possível razão do sangramento é a presença do verme parasita causador da esquistossomose (Schistosoma haematobium) no trato urinário.

Qual é a diferença entre hematospermia aguda e crônica?

A diferença entre hematospermia aguda e crônica é o tempo de duração do sintoma e, logicamente, a(s) possível(is) causa(s) associada(s). De maneira geral, considera-se:

  • agudo o quadro em que a presença de sangue no sêmen dura alguns dias ou semanas, cuja resolução costuma ser espontânea;
  • crônico o quadro em que o sangramento permanece por meses, cujo tratamento depende da causa subjacente.

Quando é necessário procurar um urologista?

Como mostrado, a hematospermia não costuma ser um problema sério e, por isso, não requer avaliação urológica imediata. Entretanto, recomenda-se procurar um médico sempre que:

  • houver dor no escroto ou na virilha;
  • sentir incômodo durante a micção;
  • apresentar sintomas sistêmicos concomitantes (como febre, sudorese noturna e/ou perda de peso sem justificativa aparente);
  • perceber um nódulo ou massa palpável no escroto;
  • residir ou visitar uma região onde a esquistossomose é endêmica;
  • apresentar sangramento persistente, por mais de um mês (na ausência de biópsia da próstata ou de outro procedimento realizado recentemente no trato urinário).

Para diagnosticar o problema, o urologista faz uma anamnese detalhada e realiza o exame físico da região íntima. A partir dos dados obtidos, o especialista costuma solicitar exames laboratoriais complementares (geralmente, urinálise e cultura de urina).

Se suspeitar de distúrbios específicos, solicita exames adicionais. É o caso, por exemplo, da dosagem do antígeno prostático específico (PSA), da ultrassonografia transretal, da cistoscopia, entre outros.

Como é o tratamento do problema?

O tratamento da hematospermia crônica varia conforme a causa do distúrbio. Em geral, a abordagem pode exigir medidas como uso de medicamentos (antibióticos, analgésicos, antiparasitários, entre outros) e, em casos mais graves, cirurgia.

Para concluir, esperamos ter aliviado o receio e esclarecido suas dúvidas quanto à presença de sangue no sêmen. Como mostrado, a maioria dos casos é benigno e desaparece espontaneamente, após alguns dias ou semanas. Mas, se o sintoma se prolongar e/ou houver outros achados anormais, deve-se procurar um urologista e fazer uma avaliação individualizada. Dessa forma, pode-se restabelecer a saúde e evitar maiores complicações!

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