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Medo do exame de toque retal: e se ele salvar sua vida?

Medo do exame de toque retal: e se ele salvar sua vida?

Por mais que as campanhas de conscientização existam, o exame de toque retal ainda é considerado um tabu para muitos homens. Isso faz com que parte da população masculina fuja, literalmente, do rastreamento do câncer de próstata, aumentando a incidência e a gravidade da doença.

Neste artigo, mostramos qual é a finalidade desse exame, como ele é realizado, quando é indicado e quais são seus benefícios. Se você está chegando na chamada meia-idade, vale a pena conferir!

Para que serve o exame de toque retal?

O câncer de próstata é o segundo tipo de neoplasia mais frequente em homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O exame de toque retal, ao lado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA), integra os métodos de rastreamento da doença.

Quando o urologista encontra alguma alteração no exame físico e/ou no resultado do teste laboratorial, pode solicitar uma biópsia da região. Somente esta é capaz de confirmar o diagnóstico de câncer, bem como indicar seu tipo histológico e estágio de desenvolvimento.

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de próstata costuma crescer de forma lenta e assintomática. Por isso, fazer o rastreamento na idade recomendada é essencial para diagnosticá-lo precocemente — o que facilita o tratamento e aumenta as chances e cura.

Quais são os benefícios do rastreamento do câncer de próstata?

O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento para homens pertencentes à faixa etária de risco, mesmo sem apresentarem sinais ou sintomas suspeitos. O objetivo é identificar a doença em estágio inicial, aumentando a taxa de sucesso do tratamento e evitando complicações.

Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contraindica sua realização se não houver sinais ou sintomas sugestivos para a neoplasia. Dessa forma, trata-se de uma indicação individual, cujos prós e contras devem ser discutidos entre o médico e o paciente.

Quais fatores aumentam as chances de desenvolver a doença?

O principal fator de risco para o câncer de próstata é o envelhecimento. No Brasil, 90% dos homens diagnosticados com a doença têm mais de 55 anos.

Outro fator associado é o histórico familiar, ou seja, casos da neoplasia em parentes de primeiro grau (pai, irmão ou filho). Há, também, a influência do excesso de peso corporal (sobrepeso ou obesidade) e o fato de ser afrodescendente (negro).

Assim, segundo o Ministério da Saúde, a indicação do rastreamento para o câncer de próstata deve ser feita caso a caso. Para isso, o especialista considera o risco individual de desenvolver a doença, levando em conta os parâmetros clínicos (principalmente, idade, história familiar e raça).

Como o exame de toque retal e o PSA são realizados?

Para realizar o exame de toque retal, o urologista introduz o dedo (com uma luva lubrificada) no reto do paciente. O objetivo é palpar a parte posterior e lateral da glândula prostática, para avaliar seu tamanho, forma e textura. O procedimento é rápido (leva apenas alguns segundos) e realizado no próprio consultório médico.

Já para realizar o PSA, retira-se uma amostra de sangue no laboratório de análises clínicas. Essa segue para avaliação e, se o resultado indicar níveis altos dessa proteína, considera-se o caso suspeito.

Quando é preciso fazer o rastreamento do câncer de próstata?

A SBU recomenda o rastreamento do câncer de próstata a partir dos 50 anos, mesmo para homens sem sintomas aparentes. Já aqueles que integram algum grupo de risco (como ter parente de primeiro grau com a doença ou pertencer à raça negra) devem iniciá-lo aos 45 anos. O objetivo é possibilitar o diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura sem maiores complicações.

É importante reforçar que, ainda hoje, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata morrem em decorrência da doença. Isso porque, em média, 20% dos casos são diagnosticados em estágios avançados.

Após os 75 anos, o rastreamento só deve ser feito quando o paciente tem uma expectativa de vida superior a 10 anos. Nessa faixa etária, a realização dos exames deve ser uma decisão compartilhada entre médico e paciente, feita somente após uma discussão ampla, avaliando riscos e benefícios.

O rastreamento pode ser feito sem o exame de toque retal?

Não, o PSA sozinho não é suficiente para rastrear a doença. Isso porque, o exame de toque retal pode sugerir a presença de câncer em homens com níveis normais de PSA, aumentando a possibilidade diagnóstica. Por essa razão, ambos são necessários, devendo ser realizados em associação.

Esperamos que suas dúvidas sobre o assunto tenham sido esclarecidas. Caso tenha indicação para fazer o exame de toque retal, não perca tempo. Lembre-se que essa atitude pode salvar sua vida!

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